parte 2

 

Quem gosta de ter de deixar a sua terra porque outros decidiram que ela “não interessava a ninguém” e se impedem as novas construções? Quantos não tiveram de sair, obrigados, da Pereira? A CDU E A CÂMARA TÊM NAS COSTAS A RESPONSABILIDADE DE TER CONSEGUIDO REDUZIR A POPULAÇÃO DA PEREIRA EM MAIS DE 60%. Ninguém se preocupou realmente para que a situação fosse corrigida, desde 1993. Que direito tem a CDU de limitar o concelho, destruir as expectativas da vida das pessoas e das gerações futuras e ainda dificultar a vida dos poucos ainda lá residentes?

 

A associação Os Quatro Cantos do Cisne nasceu por minha iniciativa, sem ajuda da CDU ou de qualquer outro partido político. Mas com ajuda das pessoas da Pereira, em defesa do desenvolvimento que se reclamava como necessário para um lugar esquecido. Era minha ideia, uma vez regressado às origens, em 1993, contribuir fortemente para combater o marasmo e desleixo que o poder autárquico lhe tinha traçado e, infelizmente, ainda se mantém. Interessei-me pela política local. Dinamizei a criação de uma associação, sendo um dos fundadores e principal motor de “Os Quatro Cantos do Cisne” durante quase uma década, até 2003. Fui responsável por obras na localidade, dinamização e recuperação de espaços rurais, por acções de formação, educação e sensibilização, projectos de acção social, intercâmbios internacionais, festas, concursos e convívios de natureza bem diversificada, pelos primeiros centros de tempos livres seguidos da legalização da situação das animadoras que estavam precariamente ao serviço da Escola, pela vinda da FAJUDIS (Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém) para Constância, pela criação de um grupo de música popular e pela muito construtiva empresa de inserção. Abri as portas da Europa à juventude! Com tudo isto criei uma base sólida para que uma associação pudesse responder a muitas necessidades do nosso concelho, partindo da sua localidade mais pequena e distante. Lutei para fazer crescer e aparecer uma grande associação e consegui. Mantive a associação como uma entidade INDEPENDENTE do poder político, com AUTONOMIA administrativa e financeira. Fui fiador até 2007. Mas, na CDU parece que falha a memória em relação à minha intervenção na associação e aos benefícios que isso trouxe para o concelho e para a vida das pessoas! Pelo contrário, a esta distância sei reconhecer que se não tivessem sido as medidas sociais do Engº António Guterres (PS) não teríamos tantas e boas intervenções que a associação continua a desenvolver.

É do conhecimento de muitas pessoas que recusei propostas para ocupar lugares políticos concelhios de apoio e envolvimento duradouro com a CDU, pois claramente não concordava com muitas situações que criticava e, como tal, ao contrário de muitos, não me deixei enlear na teia do comprometimento. Acredito que, como em tudo na vida, também na política se tem que lutar, construir o seu próprio espaço e defender aquilo em que se acredita…

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